Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco
1.segundo o poema,ha risco tanto em “catar feijão como em” catar palavras “.que risco é esse nas duas ações?
2com a ajudar um dicionário, redija um pequeno verbete para a palavra *catar* .para escreve-lo ,utiliza como modelo o verbete poema do início desta lição.
Respostas
1)
João Cabral de Mello apresenta sua visão de ação criativa em “Cater Feijo“.
Diante da criação da linguagem metálica, o artista fala sobre a própria composição, explicando que vê a escrita como um processo de escolha do feijão. Ambos envolvem uma busca constante por palavras que correspondam ao contexto.
“Catar” é um termo associado à busca constante por algo. Escolha entre um grande número.
2)
O perigo está em escolher a bala ou a palavra errada.
Os perigos de ‘colher feijão’:
Comprimidos pesados, difíceis de digerir e não podem ser mastigados, passam despercebidos e podem quebrar os dentes.
Risco de “escolha de palavras“:
Das palavras que você escolhe escrever, as palavras que não se encaixam no texto podem não se destacar, dificultando a leitura.
Importância de escolher
Assim como você tem que escolher os melhores grãos, você tem que escolher as melhores palavras para escrever.
Catar (Catar):
Verbo transitivo
A ação de encontrar algo e fazer a melhor escolha.